Estresse pós-traumático atinge profissões de risco

Trata-se do estresse pós-traumático, causado por uma situação de enorme tensão vivida durante a jornada laboral. Volto ao policial militar. Este não é um super herói, mas um ser humano que pode se abalar em algum confronto, e desenvolver o chamado transtorno de estresse pós-traumático. Esse transtorno é uma condição causada por uma situação de violência extrema, o que implica risco de morte para a própria pessoa ou para terceiros. Isso acaba voltando à mente da pessoa em determinadas situações. A partir dessas memórias, o paciente fica incapacitado para a ação, em crises de ansiedade. É como se a situação de tensão estivesse presente de novo, com a mesma dor e sofrimento, causando alterações neurofisiológicas e mentais.

Ao ser chamada para uma ocorrência de disparo de arma de fogo num local como um shopping center, por exemplo, uma equipe depara-se com um cenário de violência, com troca de tiros. Se um policial é atingido no peito, e um colega tenta impedir de alguma maneira que ele morra, o clima fica tenso. Agora, se a vítima, caída aos pés do policial superior, sangrando, e balbuciando palavras, como ‘não deixe que eu morra, tenente’, vier a falecer, esse policial pode vir a desenvolver o transtorno pós-traumático, pois essa experiência deixa marcas psicológicas, que o faz adoecer. Há casos semelhantes a esse exemplo, em que o policial precisa ficar em tratamento, afastado das atividades mais estressantes. Difícil, não?

A recomendação é buscar cuidado e tratamento.  É fundamental no processo terapêutico que o trabalhador seja cuidado por um psicólogo, fazendo uma boa psicoterapia voltada para o enfrentamento da situação de conflito.

A terapia tem o papel de ressignificar a vivência de sofrimento daquela experiência, legitimando as reações efetivas negativas diante de um estressor grave. A psicoterapia mostra que há recursos para ultrapassar a experiência, para fazer o paciente entender que apesar de a experiencia ter sido ruim, ela pode trazer competências favoráveis com o tempo.

Se o transtorno não for tratado, pode acabar trazendo mais problemas, como dores musculares, de cabeça, fobias, pânico e até alta de pressão arterial. A depender da gravidade, em alguns casos, pode ser necessária a associação do recurso medicamentoso. Nesse caso, é preciso recorrer a um psiquiatra, que fará o acompanhamento em conjunto com o psicólogo.

A princípio, o transtorno pode atingir diferentes profissões, mas são mais comuns àquelas que têm contato diretamente com a violência e a morte, como, por exemplo, policiais, bombeiros, médicos, profissionais da saúde, agentes penitenciários e até professores.

O transtorno costuma atingir indivíduos que têm uma sensibilidade maior ao enfrentamento de situações difíceis. É aquele sujeito que desde pequeno e ao longo da vida sempre teve dificuldade de lidar com os conflitos. Assim, é importante que instituições e empresas em que os profissionais demonstrem os sintomas do transtorno ofereçam apoio e especialistas para o tratamento.

Fonte: https://segurancaocupacionales.com.br/estresse-pos-traumatico-atinge-profissoes-de-risco/

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