Revolução digital: impactos na saúde dos trabalhadores

Não é só a forma de produzir que está mudando com a revolução digital. A inserção de novas tecnologias na indústria pode ser percebida no dia a dia de quem atua na área de segurança e saúde no trabalho. “Novas competências estão surgindo e isso impacta nos tipos de riscos a que os trabalhadores são submetidos”, aponta Rosangela Fricke, gerente executiva de Segurança e Saúde para a Indústria do Sistema Fiep.

Lesões, fraturas e acidentes dividem espaço com problemas de saúde como o estresse e a depressão, que hoje ocupam o terceiro lugar no índice de afastamento, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas o cenário pode mudar depressa. “O esforço braçal e repetitivo será substituído por máquinas, mas a nossa inteligência, atenção e poder de análise serão muito mais exigidos. O risco psicossocial é maior e muda o diagnóstico e o tratamento”, diz Rosangela.

Primeiros impactos

A Indústria 4.0 é vista com insegurança por muitos trabalhadores. A ideia de tornar-se obsoleto ou perder a vaga de emprego pode ser devastadora. Em 2019, 48% das indústrias planejam investir em processos inteligentes, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Enquanto isso não acontece, os afastamentos se dividem entre o conhecido e o novo, como explica Juliana Cipriani Presiazniuk, coordenadora de Segurança e Saúde do Sesi no Paraná. “Os afastamentos por lesões repetitivas e de ergonomia não aumentaram devido ao tempo maior em frente a computadores. Por outro lado, vemos um crescimento nos casos de transtornos mentais em dados da OMS: em 2012, respondiam por 11% do total; em 2018, o índice subiu para 17%. A conectividade em tempo integral é uma das responsáveis. As pessoas descansam menos porque estão sempre conectadas, e a pressão por produzir mais e em menos tempo aumenta o nível de estresse”, diz a profissional.

Olhar inovador para a saúde

Se as máquinas vão substituir atividades operacionais, será preciso cuidar das pessoas que vão operá-las e atuar em novos processos. O capital humano continua sendo o ativo mais valioso para os negócios: “entender o propósito do trabalho e o quanto ele impacta na produtividade é um caminho para atingir maior eficiência”, diz Rosangela.

 

Fonte: https://g1.globo.com/

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