A importância do laudo de periculosidade no ambiente de trabalho

O ambiente de trabalho é um local onde passamos boa parte do nosso tempo, e a segurança e saúde dos trabalhadores são fundamentais para garantir um ambiente laboral adequado. Nesse contexto, o laudo de periculosidade desempenha um papel crucial na identificação e prevenção de riscos no trabalho.

O que é laudo de periculosidade?

O laudo de periculosidade é um documento técnico que visa identificar e quantificar a exposição de trabalhadores a atividades ou ambientes laborais que apresentem riscos de natureza grave e iminente à sua saúde e integridade física. Ele é um dos instrumentos fundamentais para a preservação da segurança e saúde dos trabalhadores, garantindo que as empresas cumpram com suas obrigações legais e promovam um ambiente de trabalho seguro.

O que é considerado como periculosidade no trabalho?

A periculosidade no trabalho se refere à exposição dos trabalhadores a situações que envolvem substâncias, atividades ou condições que podem causar acidentes graves ou doenças ocupacionais. Alguns exemplos de atividades consideradas perigosas incluem:

Manuseio de produtos químicos: Trabalhadores que lidam com substâncias químicas perigosas, como inflamáveis, explosivos, tóxicos ou corrosivos, estão sujeitos a riscos significativos.

Trabalho em altura: Atividades que envolvem trabalho em locais elevados, como construção civil e manutenção de torres e linhas de transmissão, são consideradas perigosas.

Trabalho com eletricidade: Profissionais que realizam manutenção em instalações elétricas, como eletricistas e técnicos de eletrônica, enfrentam riscos elétricos que podem ser fatais.

Atividades com exposição a radiações ionizantes: Setores como medicina nuclear e indústria nuclear envolvem a exposição a radiações ionizantes, que podem causar danos à saúde.

Trabalho com materiais biológicos: Profissionais da área de saúde que lidam com materiais biológicos, como vírus, bactérias e amostras de sangue, estão sujeitos a riscos biológicos.

Como é feito o laudo de periculosidade?

O laudo de periculosidade é elaborado por um profissional habilitado, geralmente um engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho. O processo de elaboração do laudo envolve diversas etapas, incluindo:

Análise do ambiente de trabalho: O profissional realiza uma avaliação detalhada do ambiente de trabalho, identificando os riscos presentes e as atividades que podem expor os trabalhadores a perigos.

Coleta de dados: É fundamental coletar informações relevantes, como dados sobre a empresa, processos de trabalho, substâncias utilizadas, equipamentos utilizados, entre outros.

Medições e testes: Em alguns casos, são realizadas medições e testes para quantificar a exposição aos riscos, como medições de ruído, temperatura, pressão, radiações, entre outros.

Documentação fotográfica: O laudo geralmente é acompanhado de fotos que evidenciam as condições do ambiente de trabalho.

Análise de normas regulamentadoras: O profissional verifica se a empresa está cumprindo as normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho, estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Emissão do laudo: Após a análise completa, o profissional emite o laudo de periculosidade, descrevendo os riscos identificados e as medidas preventivas necessárias para proteger os trabalhadores.

Qual o papel da ergonomia nesse processo?

A ergonomia desempenha um papel crucial na identificação e prevenção de riscos no ambiente de trabalho. Ela se refere ao estudo das interações entre seres humanos e os elementos de um sistema, como equipamentos, máquinas e ambientes de trabalho. No contexto do laudo de periculosidade, a ergonomia ajuda a avaliar como o layout, os equipamentos e as condições de trabalho podem afetar a saúde e o desempenho dos trabalhadores.

A ergonomia contribui para a identificação de fatores de risco ergonômicos, como movimentos repetitivos, posturas inadequadas, esforços excessivos, vibrações e condições de trabalho desconfortáveis. Esses fatores podem levar a lesões musculoesqueléticas, como LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

Portanto, ao considerar a ergonomia no processo de elaboração do laudo de periculosidade, é possível identificar não apenas os riscos imediatos, como exposição a substâncias químicas perigosas, mas também os riscos ergonômicos que podem afetar a saúde dos trabalhadores a longo prazo.

O laudo de periculosidade é obrigatório?

Sim, o laudo de periculosidade é obrigatório para empresas que possuem atividades ou ambientes de trabalho que envolvem riscos considerados perigosos. A obrigatoriedade está prevista na Norma Regulamentadora NR 16, que trata das atividades e operações perigosas.

A NR 16 estabelece critérios para a caracterização da periculosidade e determina que as empresas devem realizar a avaliação dessas atividades e elaborar o laudo de periculosidade sempre que necessário. Além disso, a norma estabelece que os trabalhadores expostos a esses riscos têm direito a um adicional de remuneração, chamado adicional de periculosidade, como forma de compensação pelo trabalho em condições de perigo.

Portanto, o laudo de periculosidade não é apenas uma medida de segurança, mas também uma obrigação legal que as empresas devem cumprir para garantir a proteção dos trabalhadores e o cumprimento da legislação trabalhista.

Quando é necessário o laudo de periculosidade?

O laudo de periculosidade é necessário sempre que houver atividades ou condições de trabalho que se enquadrem nas definições estabelecidas pela NR 16 como perigosas. Alguns exemplos de situações que exigem a elaboração desse laudo incluem:

Trabalho com substâncias inflamáveis ou explosivas: Empresas que armazenam, transportam ou manipulam substâncias inflamáveis ou explosivas devem realizar a avaliação de periculosidade.

Trabalho em espaços confinados: Atividades realizadas em espaços confinados, como tanques, silos e tubulações, podem ser consideradas perigosas devido aos riscos de asfixia, intoxicação ou explosões.

Atividades com eletricidade de alta tensão: Trabalhadores que lidam com eletricidade de alta tensão estão expostos a riscos elétricos significativos e devem ter a periculosidade avaliada.

Manuseio de produtos químicos tóxicos: Empresas que produzem ou utilizam produtos químicos tóxicos devem avaliar a periculosidade das atividades.

Trabalho em Altura: Atividades em altura, como trabalho em andaimes, plataformas elevatórias e telhados, devem ser avaliadas quanto à periculosidade.

É importante ressaltar que a elaboração do laudo de periculosidade não é uma ação única, mas um processo contínuo. Sempre que ocorrerem mudanças nas atividades, equipamentos, substâncias ou condições de trabalho que possam afetar a segurança dos trabalhadores, a empresa deve revisar e, se necessário, atualizar o laudo de periculosidade.

O laudo de periculosidade tem um papel fundamental na identificação e prevenção de riscos no ambiente de trabalho. Ele ajuda as empresas a cumprir suas obrigações legais, protege a saúde e integridade dos trabalhadores e contribui para a construção de um ambiente laboral mais seguro. Portanto, é essencial que as empresas estejam cientes de suas responsabilidades quanto à periculosidade e tomem as medidas necessárias para garantir a segurança de seus colaboradores.

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