Qualidade de Vida no Trabalho

O conceito de qualidade de vida no trabalho (QVT), significa o nível de satisfação dos colaboradores de uma organização e o seu bem-estar no ambiente organizacional. Ou seja, é o que indica a qualidade da experiência do colaborador em relação ao seu ambiente de trabalho, relacionamento com colegas, clientes, fornecedores, etc... O conceito é usado para garantir que, não importa a função exercida, o nível de produtividade do trabalhador não caia e ele se mantenha saudável e confortável durante sua jornada de trabalho, levando em consideração a necessidade do profissional do básico ao complexo.

Richard E. Walton, professor e autor de Harvard, foi um dos primeiros a discutir a qualidade de vida no trabalho, em 1973, em um artigo chamado “Quality of Work Life: what is it? ” (Trad.: Qualidade de Vida no Trabalho: o que é?), que foi publicado na revista Sloan Management Review, nesse artigo o conceito discutido foi “O atendimento de necessidade e aspirações humanas, calcado na ideia de humanização e responsabilidade social da empresa” e com isso foram elencados 8 fatores essenciais para manter a qualidade de vida no trabalho, sendo estes:

 

1. Compensação justa e adequada

Refere-se a remuneração do trabalhador em relação ao trabalho executado, então todo colaborador deve ser compensado de forma adequada, para que ele possa viver dignamente.

  • Deve ser levado em consideração: as necessidades pessoais do colaborador e os padrões culturais, sociais e econômicos, ou seja, deve-se atender as necessidades básicas e secundárias;
  • Também deve haver equidade de remuneração em relação ao salário dos demais colaboradores da organização e em relação a outros profissionais do mercado de trabalho.

 

2. Condições de trabalho apropriadas

Trata-se das condições oferecidas ao colaborador em relação ao ambiente de trabalho, e deve-se levar em consideração:

  • A jornada de trabalho (quantidade de horas em exercício da função);
  • A carga de trabalho (quantidade de trabalho executado em um turno);
  • Ambiente físico (condições de conforto, organização e adequação do local em que as tarefas serão executadas);
  • Material e equipamento (disponibilização da quantidade e qualidade necessárias de materiais para realização do trabalho);
  • Ambiente saudável e estresse (condições de saúde – física e mental – e segurança do trabalho ao qual o colaborador é submetido.

 

3. Possibilidade de utilizar plenamente as próprias capacidades

Está relacionado diretamente com a oportunidade fornecida ao funcionário em aplicar o seu saber e aptidão profissional em seu ambiente de trabalho.

 

4. Oportunidade de crescimento

Relacionado as oportunidades oferecidas pela empresa para que o funcionário se desenvolva e cresça dentro da organização;

  • Possibilidade de carreira (avanços profissionais na empresa);
  • Crescimento pessoal (processo de educação continuada);
  • Segurança no emprego (grau de segurança da permanência no emprego).

 

5. Integração social

  • Ausência de preconceitos, como cor, raça, estilo de vida, credo, etc...
  • Inexistência de estratificação de classes;
  • Relacionamento pautado por respeito e ajuda mútuos;
  • Senso comunitário.

 

6. Constitucionalismo

Está ligado as normas estabelecidas como direitos e deveres, manual de conduta, entre outros.

 

7. Equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Relacionado com a possibilidade oferecida ao profissional de equilibrar sua experiência na organização com a sua vida profissional.

[...] O trabalhador é um ser total e não apenas um executor das atividades relativas ao cargo, isto é, ele possui família e necessita ter suas necessidades pessoais e sociais satisfeitas, para que possa ser produtivo para organização (FERREIRA; MENDONÇA, 2012, p.85).

 

8. Relevância social

Visa medir a satisfação do profissional e relação a instituição em que trabalha. A importância e relevância que a organização tem em sua vida pessoal e profissional. Em resumo, trata-se do orgulho do funcionário em fazer parte daquela organização.

 

Muitos outros autores, em sequência à Walton, se baseiam na hierarquia das necessidades de Maslow, conceito criado a partir “A Teoria da Motivação Humana”, um artigo de 1943, publicado na Psychological Review, para entender e garantir a qualidade de vida no trabalho.

Em síntese o teórico Abraham Maslow visa explicar as causas da motivação humana com base na busca de diferentes níveis de necessidade, ou seja, o comportamento de um indivíduo é ditado por cinco categorias de necessidade humanas, sendo essas: necessidades fisiológicas; necessidades de segurança; necessidades sociais; necessidades de estima; e necessidades de auto realização.

Propondo então que, esses fatores de satisfação humana são divididos em uma pirâmide de cinco níveis, sendo estes, a base, que se entende como necessidades de nível básico ou de sobrevivência (necessidades fisiológicas e de segurança), os níveis mais altos são ocupados pelas necessidades emocionais, como aceitação social e autovalorização (sociais, estima, auto realização).

Entendemos então que, para garantir uma boa qualidade de vida no trabalho, é necessário que você ofereça aos seus funcionários, o melhor lugar possível para se trabalhar.

Para garantir tal ambiente, pode-se tomar algumas medidas e/ou melhorias, como por exemplo:

1. Medir a satisfação dos seus funcionários (pode ser feito através de pesquisas de satisfação, por exemplo, em relação ao ambiente de trabalho, trabalho realizado, etc...);

2. Criar medidas preventivas que podem garantir um ambiente de trabalho adequado, como:

  • Adequação do posto de trabalho em relação a iluminação;
  • Mobiliário adequado;
  • Conforto acústico;
  • E até a decoração do ambiente.

3. Fornecer os equipamentos necessários para que o funcionário realize o seu trabalho;

4. Fornecer treinamento em relação as atividades laborais dos funcionários;

Entre outros...

Sabemos que algumas atividades que realizamos em nosso dia-a-dia, acabam sendo executadas de forma equivocada pela maior parte das pessoas e passam despercebidas, por parecerem banais demais, ou simples o suficiente para que não seja necessário um tipo devido de treinamento, porém essas coisas simples podem estar prejudicando a sua qualidade de vida. Pensando nisso, nós da Ergocorp criamos uma pequena lista de dicas que podem ser utilizadas em sua vida como um todo, mas principalmente na execução de suas atividades laborais, como:

1. Movimentar o corpo sempre que possível e variar as posições;

2. Ao se sentar, mantenha a postura correta. No posto de trabalho, mantenha o encosto da cadeira adaptado à curvatura da coluna, descanso de braços na altura do cotovelo e pés apoiados no solo ou em descanso para os pés;

3. Evitar torções no corpo sem necessidade;

4. Carregar coisas muito pesadas usando carrinhos, alavancas ou algo que evite esforços desnecessários;

5. Ao atender o telefone, não o manter entre o rosto e o ombro.

6. Caso precise carregar algo pesado, não apoie todo o peso em apenas um lado do corpo;

7. E por fim, sempre usar roupas e sapatos que sejam adequadas e confortáveis, algo que não seja muito justo ou apertado para não comprometer a circulação do sangue.

 

A Ergocorp é pioneira e líder no desenvolvimento e implementação de sistemas e projetos customizados de Gestão de Risco Ergonômico. Temos como missão, tornar os ambientes laborais de nossos clientes mais seguros, confortáveis, eficientes e inclusivos através do desenvolvimento e implementação de sistemas integrados para gestão de saúde e segurança. A expertise construída por anos atendendo empresas nacionais e multinacionais, nos confere um know-how, desenvolvendo e implementando sistemáticas de gerenciamento customizadas para toda e qualquer espécie de organização. Entre em contato conosco e conheça um pouco melhor as soluções que temos a oferecer a sua empresa!

 

 

AUTORIA:

Bergamo, Maria Antônia.

Lamin, Janaina.

Logo ErgoCorp

Rua Mato Grosso, 1606. Vila Xavier. Araraquara - SP

PABX Corporativo: (16) 3322-5183

comercial1@ergocorp.com.br